O Guia Michelin 2025 considera-o um “oásis de sofisticação” e só visitando-o se confirma que a imagem não surge no guia por acaso. Desde o design e decoração, assinados pelo arquiteto Nuno Rodrigues, com as madeiras nobres e o cobre a destacarem-se, ao serviço de precisão e atenção ao detalhe, tudo parece estar alinhado para proporcionar uma experiência singular, em que a cozinha contemporânea é a protagonista. Esta temporada, que começou no mês de abril, trouxe três novos menus de degustação - Água, Fogo e Terra -, cada um com a sua identidade.
Todos são trabalhados com o mesmo rigor e técnica, mas o Água é aquele que, em virtude da localização do hotel junto ao mar, no barlavento algarvio, mais de destaca, por apresentar toda a frescura do peixe e marisco. É também o mais extenso, com oito momentos, sem contar com amuse-bouche e os habituais petit-fours servidos com café ou chá. Ambos com cinco passos, o menu Fogo dedica-se às carnes (wagyu, foie gras, pato, bochecha de porco, frango e cabrito) e o Terra ao reino vegetariano. Qualquer um deles pode ter uma harmonização alcoólica, ou não.
Igor Candeias é o “head chef” residente e tem testemunhado de perto a maturidade alcançada pelo Al Quimia nos últimos 12 anos. Pensar em novos menus todos os anos é um desafio que o motiva, e face ao qual tem uma estratégia definida. “Este ano não retirámos todos os pratos que tínhamos, porque tínhamos alguns muito fortes. Dou o exemplo do polvo com batata-doce em duas texturas, com o tentáculo fumado, salada avinagrada e espuma de pimentos; e o da ostra da ria Formosa, nesta versão com caviar, refrescada com granizado de malagueta”.